quinta-feira, 31 de março de 2016

The end!

Julho 2015
Depois de 3 anos, 9 meses e 6 dias, finalmente chegou o dia pelo qual tanto ansiei, e tanto temi. A Marina parou de usar chupeta!!! Palmas para ela!

No fim do ano passado, tínhamos falado em dar a chupeta para o Papai Noel, mas eu arreguei. Pensei melhor, estaríamos de férias todo o mês de janeiro e parte de fevereiro, e eu sozinha com os dois, sem poder apelar para a milagrosa chupeta. No way! Eu não estava pronta.

Antes disso, já há bastante tempo, talvez um ano (será que tanto???), a Marina só usa a chupeta para dormir. Quando acorda, coloca numa bolsinha, que fica na cama. Nos fins de semana, às vezes levava mais tempo para guardar a chupeta na bolsinha, ficava enrolando com ela na boca, e outras vezes voltava para buscá-la quando dava ruim ainda cedo. Fomos levando assim, só para dormir com escapadas pontuais, relevando, negociando.

Até que, esse ano, bem no início, ela me disse que não estava mais usando a chupeta para dormir no colégio. Confirmei com a professora. No segundo dia em que ela não usou a chupeta, já tirei da mochila e não mandei mais. E a vida seguiu normalmente. Nos fins de semana, às vezes cochilava sem, outras com.

Desde então, eu já vinha falando que daqui a pouco ela ia parar de chupar chupeta de noite também. Mas sempre encontrava muita resistência, a resposta dela era sempre não. Se concordava, era muito de leve... Por duas vezes, ela me disse até que a auxiliar da turma disse que, em casa, podia. Tava enfraquecendo meu discurso. Mas eu continuava insistindo, de leve, porém com constância e consistência.

Meu sonho era que, um belo dia, a Marina me dissesse que não precisava mais usar chupeta, que tinha crescido e ia dar para os bebês. Mas isso nunca aconteceu, pelo menos não desse jeito.

Há duas noites atrás, o Daniel estava viajando a trabalho. Fui colocar os dois para dormir juntos, como sempre. Paco já estava louco querendo mamar. A Marina deitou na cama, abriu a bolsinha e nada da chupeta... Nessa hora, eu disse que ela ia dormir sem chupeta. Ele mamou, eu li a história e ela ficou lá reclamandinho que queria a chupeta. Então, eu disse que ia colocar o pequeno para dormir e ela dormiria comigo, na minha cama, sem chupeta.

E assim foi. Ela me acompanhou durante o meu jantar e enquanto eu arrumava as mochilas. Vimos um desenho e comemos até um pedaço do ovo de páscoa (grande erro, porque ela ficou elétrica). Mesmo assim, depois apaguei as luzes e deitamos. Ela ainda estava bem agitada, pediu a chupeta algumas vezes, sem choro. Não demorou muito e eu dormi, então acredito que ela também...

De manhã, ela acordou bem cedo, às seis, choramingando, pedindo a chupeta. E continuou assim por 15 minutos, no relógio. Durante esse tempo, o choro oscilou entre leve, intenso e sofrido. Aí ela começou a pedir pela Naná. Depois de perguntar por ela algumas vezes, finalmente disse que a Naná precisava encontrar a chupetinha dela. Finalmente, passou e ela ainda brincou de tinta! Sim, de manhã!

Mais uma noite e mais um sucesso! Hoje, fiquei do lado dela até ela adormecer. Na verdade, era exatamente isso que eu fazia antes de reeducar o sono da Marina e conseguir sair do quarto com ela acordada. Ela acordou cedo de novo, dessa vez às 5h30. Veio para a minha cama, pediu a chupeta, falou umas coisas meio sem nexo, disse que nunca queria ficar longe de mim, deitou e dormiu até às 7h.

Ainda não considero o processo 100% consolidado, mas foi bem mais fácil do que eu imaginava. Também não vejo possibilidade de haver recaída. Se já aguentei 15 minutos de choro, não vou entregar a chupeta e ter que passar por isso de novo. Acho que ainda faltam mais algumas noites de chamego, de mais carinho e atenção redobrada. Depois disso, é só curtir a vida sem chupeta e jogar tudo fora. Sim, elas ainda estão lá em casa (menos a que perdeu de verdade!). Mas não conto onde nem sob tortura!

Tô cheia de orgulho!