quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O olhar infantil

Hoje em dia, sinto que o negativismo domina a sociedade. Quando vemos algo de errado, reclamamos. Quando vemos de novo, reclamamos de novo. Aí, quando não vemos mais o que havia de errado, não reclamamos. E nem vemos que o problema foi solucionado. Vivemos num ciclo de fumacinha negra que não permite ver os raios do sol! Nunca vemos o lado bom das coisas, simplesmente deixamos de ver o lado ruim.
Ficou meio confuso, né?

Ilustro com uma história:
Cortaram uma árvore na minha rua, arrancaram até a raiz. E a calçada ficou destroçada. Sobrou só um pedacinho para os pedestres passarem. O resto era o buracão deixado pela equipe que removeu a árvore. Sempre que passávamos por ali, Marina comentava: "está estragado!" "Ainda está estragado!" "Continua estragado." "Poxa, mamãe, ninguém conserta isso."
Até que ontem, uns dois meses depois, passamos por ali e ela disse: "olha, mamãe, tá consertado! Tem uma árvore magrinha no lugar!". 

Na hora, expliquei por que a árvore ainda é magrinha, porque tinha um pedaço de madeira segurando ela, vimos o cimento novo na calçada, essas coisas. Mas, logo depois, fiquei muito, muito feliz por ela ter percebido que o buraco tinha sido consertado e virado uma árvore de novo. Sem ela, confesso que não sei se eu teria percebido. 

O olhar infantil é puro. O olhar infantil vê o que tem de bom no mundo, enxerga o lado positivo das coisas. Vê as árvores, e não os buracos. Queria eu aprender mais com ela!


 


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