terça-feira, 7 de outubro de 2014

Vai andando, no colo ou de carrinho?

Hoje, com dois anos e três meses, Marina quase não usa mais o carrinho, ainda anda muito no colo e já começa a caminhar cada vez mais.

Sobre o carrinho: ao ver uma criança de 3 ou 4 anos no carrinho, na esquina, esperando para atravessar o sinal, muita gente olha de cara feia, acha um absurdo uma criança tão grande estar no carrinho. Pena que essa pessoa não sabe de onde eles estão vindo, que distância percorreram, se é um trajeto que fazem todo dia, como forma de ir ao colégio, por exemplo. Talvez seja mais absurdo ainda esperar que uma criança pequena caminhe 1 ou 2 quilômetros por dia. Mais amor, por favor, né, pessoal? Ok, voltando... Lá em casa, usamos bem o nosso carrinho, mas não foi aquele suprassumo todo. No início, como morávamos no quarto andar, sem elevador, eu não conseguia sair muito com a Marina de carrinho. Logisticamente, era complicado... Apesar disso, sempre que saíamos de carrinho, ela ficava lá numa boa. A última vez em que realmente tentei usá-lo foi quando viajamos para Buenos Aires. Levei um maclaren de uma amiga, prático, pequeno e leve. Mas ela já não curtiu tanto, não queria ficar no carrinho, só no colo. Depois disso, já até tirei o carrinho do carro (ele morava no porta-mala). Agora, o carrinho serve apenas para quando vamos sair para almoçar
e está bem na hora dela dormir. Aí levamos, para ela poder cochilar no restaurante.

Sobre o colo: em primeiro lugar, querer colo não é sinal de preguiça da criança, de não querer caminhar. É uma forma de contato com a mãe, de proximidade e segurança. Além disso, o mundo funciona 1 metro e meio acima do chão, e a criança quer fazer parte desse mundo. Para participar melhor, ela quer ficar na mesma altura. Já tentou conversar com o seu filho enquanto caminha pela rua? Eu sinto que estou gritando, e não escuto nada que a Marina diz... É bem incômodo. Fora o lado da criança, tem o lado da mãe também. Você está atrasada, não quer levar 10 minutos para andar um quarteirão, pega no colo e pronto, todo mundo fica feliz. Fiz muito isso, e ainda faço um pouco, mas agora tento, cada vez mais, incentivar a Marina a caminhar. Das últimas vezes, senti que, embora ela quisesse andar, eu queria pegar no colo para agilizar. Quando é assim, sempre paro, respiro, deixo ela no chão e invento alguma brincadeira. O colo não morreu, mas está mais restrito. Quando ela está cansada, por exemplo, aí não tem jeito de ir andando. Ela vai andando agarrada nas minhas pernas, pedindo colo non-stop. Aí eu pego no colo, ela me abraça, tira todo o meu cabelo do ombro, jogando lá para trás, e encosta a cabeça. Amo muito!

Sobre o andar: a fase do andar é uma delícia. Sempre disseram que era terrível, dor nas costas, etc. etc. etc. Mas eu sempre amei, desde o início, desde a fase do dedinho. Hoje, Marina já caminha entre 3 ou 4 quadras. Não é rápido, ela anda devagar, para mil vezes, mas é assim mesmo. Invento milhões de brincadeiras para apressar o passo, pegar florzinha, chegar na planta ali na frente, na placa, na porta. Cada hora inventamos uma meta diferente. E também podemos ir correndo. Ela adora, e é bem mais rápido! E andar no preto. Aí ela vai sozinha, e sem parar! E assim vamos indo, sempre em frente!

2 comentários:

  1. Que lindo post! Fiquei imaginando você correndo com sua filha na rua! Eu tenho uma bebê de 2 meses, adoro ficar com ela no meu colo bem agarradinha a mim, toda hora alguém vêm dar pitaco, dizer que vou viciá-la em colo e depois vou passar sufoco. Mas poxa, estou dando carinho, amor, e afinal de contas essa fase passa tão rápido, né? Por isso também mal uso o carrinho, prefiro sair com ela no sling (e tb porque comprei um carrinho enorme e me arrependi, rs).

    Beijos!
    Se quiser conhecer meu blog, fica o convite.
    www.baudabijou.com.br

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    1. Oi, Bijou. Quando você estiver correndo com ela na rua, vai vir alguém dizer que vocês podem cair... Alguém sempre vai se meter! A gente tem que saber sorrir e ignorar, né?!
      Legal seu blog.
      Bjs.

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