Mas, em outras situações, confesso que não sei muito bem como agir.
Lá em casa, é muito comum a Marina repetir a mesma pergunta dez vezes seguidas, independente das minhas respostas.
- Mamãe, cadê o papai?
- Tá trabalhando.
- Mamãe, cadê o papai?
- Filha, já te expliquei que o papai tá no trabalho.
- Cadê o papai?
- Tá vindo para casa.
- Mamãe, cadê o papai?
- Filha, tá no trabalho.
- Cadê o papai?
- Tá no trânsito.
E segue assim até eu conseguir mudar o foco, parar de responder ou até ela cansar.
Confesso que não sei como agir nesses momentos. Respondo, explico, mudo as palavras, mas ela continua perguntando. E eu não entendo por que. Pergunto se ela não ouviu, se não entendeu minha resposta, se não prestou atenção. Mas, nessas horas, ela não responde.
Talvez ela esteja apenas experimentando a linguagem, falando por falar, testando minha paciência, achando aquilo uma brincadeira muito engraçada. Não sei. Não sei mesmo. Não sei por que ela pergunta tantas vezes e também não sei como eu devo agir.
Devo responder tantas vezes quantas forem as perguntas?
Devo responder só uma vez, e assumir que ela entendeu e pronto?
Devo responder uma vez e explicar a segunda?
Não sei, e, tenho uma reação diferente a cada dia, dependendo do meu humor e do dela. Já tentei ler um pouco sobre o assunto, mas não encontrei nada que eu tenha curtido. Enquanto isso, vamos levando. E não tenho deixado minha filha sem resposta, por mais que às vezes demore um pouco e ela precise repetir a pergunta.
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