quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A evolução da fala

Atualmente, já posso dizer com bastante segurança que tenho uma criança falante em casa. Durante esse processo, notei alguns pontos de evolução muito nítidos. E todos eles aconteceram de um dia para o outro, literalmente. Num dia ela não fazia, no dia seguinte começou a fazer. A evolução da fala em si é gradual, mas a passagem de uma etapa para a outra é bem brusca!

Etapa 1
Ela tentava repetir o que a gente dizia, mas não conseguia, e acabava repetindo apenas a última sílaba.
O vocabulário próprio ainda era muito limitado e se resumia aos nomes próprios dos conhecidos, alguns animais, cores (sem saber identificá-las) e verbos de comando (porque dar ordem é o que há!).

Etapa 2
Depois, ela passou a repetir a última palavra inteira. Então, a gente dizia uma frase e ela repetia a última palavra. Ainda sem muitas evoluções no vocabulário.

Etapa 3
Em seguida, a Marina já conseguia repetir tudo que a gente dizia.
E começou também a colocar em palavras as coisas que aconteciam ao redor dela, ainda em linguagem um pouco telegráfica: "papai no banho".

Etapa 4
Adeus linguagem telegráfica! Um dia ela disse "papai no banho", no dia seguinte, "papai tá tomando banho". E, quando saiu a primeira frase assim, inteirinha, a mãe abriu aquela olhão, cheia de orgulho!

Etapa 5
Hoje, ela já não repete mais. Pelo menos não de imediato. Você explica para ela que tem que esperar um pouco. Ela assente com a cabeça e, trinta segundos depois, dispara "vovó, tô espelando". Um tempo depois, repete: "tem que espelá, vovó". E já não se restringe mais a falar apenas sobre o que ela vê. Já me conta sobre o dia, o que fez no colégio, do que brincou. E conta de verdade: que a amiga caiu, que ouviu uma historinha de bruxa.

Com isso, já conseguimos ter uma conversa e tanto. Sei que ainda há tantas outras etapas por vir, mas assim já tá ótimo! Tô adorando!


(Pena que cortou a primeira frase. Era a melhor! "Bota o chapéu, minha filha!")

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