terça-feira, 20 de maio de 2014

A maternidade e o inesperado II

Quando fiquei grávida pela segunda vez, comecei a me sentir muito cansada, incrivelmente cansada, de não ter condições de continuar acordada. Então, nos dois fins de semana que tivemos, eu dormi no fim da tarde. Se o Dani estivesse trabalhando, eu estaria lascada. Assim, decidimos que era hora tirar um projeto do papel: contratar uma folguista. Confesso que esse assunto me dá muito preguiça, porque temo procurar, procurar e não encontrar a pessoa certa. Aí, me dá uma preguiça imensa antes mesmo de começar. Mas queríamos, precisávamos, então eu tinha que ir atrás.

Seguindo o que já tinha visto algumas amigas fazerem, fui procurar na creche. Perguntei para a auxiliar que a Marina mais gosta, mas ela não podia. Ficou de ver alguma outra para mim. E conseguiu! É auxiliar do BI, já cuidou da Marina.

Eu tinha uma imagem linda de que eu e a Marina íamos aproveitar muito a manhã, ir à praia, brincar no parque, dar muito beijo e abraço, e eu ia levá-la para casa, entregar para a babá que daria banho, almoço, poria para dormir, enquanto eu poderia tomar banho calmamente, almoçar calmamente, cochilar calmamente, dar um passeio childless e depois voltar para mais um pouco de quality time com a Marina. Lindo, não? Adivinhem se foi isso que aconteceu?!

Combinamos um horário de 11h às 20h. Assim eu passeio com a Marina de manhã, ela chega, faz uma comida e nós chegamos logo depois, normalmente por volta de 12h. No primeiro dia, achamos melhor ficar em casa o dia todo. A Marina se deu super bem com a babá. Mas eu tinha que estar junto. O tempo todo. Se elas estavam brincando no quarto, eu tinha que estar também. Se não estava, a Marina corria para me chamar. Se a porta do quarto estivesse fechada, ela chorava e gritava. Frustrante! Muito frustrante!

Foram duas semanas assim. Na segunda, saímos para almoçar perto de casa. Quando saímos, ela chorou e gritou. Mas depois, por relatos da babá, ficou bem. Quando chegamos, ela estava ótima, numa boa. Novamente, frustração! Depois viajamos e bagunçamos tudo, como contei aqui.

Outro dia, conversando com uma mãe da creche, soube que ela também está com uma auxiliar do BI aos sábados, e a filha dela também depende muito dela. E ela disse que, nos dias da babá, não pode ficar em casa, senão a filha não larga dela. E ela já está com babá desde janeiro!

Por pior que seja essa situação, percebi que é assim. Se eu estiver, é óbvio que ela vai preferir ficar comigo. Então, eu não posso estar. Tenho tentado bolar outros programas para os sábados, me adaptando a essa realidade. Pelo menos agora já posso almoçar com o meu marido, a sós, tranquilamente. E já aceitei que será assim e que assim vai dar certo. Se eu quiser tirar um cochilo, vou para a casa da minha mãe. E pronto! Por ora, é o que temos... E tá mais que bom.

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