domingo, 16 de março de 2014

Ainda me emociona

Depois de 1 ano e quase 9 meses, a Marina ainda me emociona.

Já tinha pensado em escrever sobre isso várias e várias vezes. É um tema que faz parte da minha listinha há muito tempo. Mas é muito sentimental, muito intenso para mim. Aí, acabou que nunca sentei para escrever com esse mood. E nunca sabia como fazer para não ser muito piegas, embora esse tema não possa ser mais piegas. Mas esse fim de semana, depois de muito tempo sem sentir isso, meus olhos ficaram molhados de novo, do nada, só por olhar para ela. Então, acho que chegou a hora.

Marina, 
O dia 22 de junho de 2012 foi muito especial para mim. Acordei como se fosse apenas mais um dia, mas sabendo que tudo ia mudar. Fui ao shopping com a minha mãe e ganhei uma joia linda, a sua joia! Seu pai foi trabalhar de manhã e nos encontramos no hospital. Desde o início da indução do parto até o trabalho de parto efetivo começar, se passaram quatro horas. Pensei várias vezes em acelerar o processo, mas seu pai, muito sabiamente, me deu forças para continuar tentando. E assim foi. Você nasceu, deitou no meu colo e me emocionou! Poderia dizer que foi a primeira vez, mas sentir você crescer na minha barriga já foi bem incrível. Apenas a primeira das experiências incríveis que você me proporcionou.
O início foi muito difícil. Eu não sabia o que fazer, como interagir, como te amar. Mas fui aprendendo... E fiquei muito boa nisso! Só olhar para você já era o suficiente para me emocionar, para me tocar profundamente, despertando emoções que eu não sabia que poderia sentir, que eu não sabia sequer que existiam. 
Às vezes, o dia a dia e a rotina corrida acabam matando esses momentos, mas quando consigo parar e te observar, o amor transborda de novo. O amor está nos mínimos detalhes, nas menores ações, naquelas coisas que podem parecer bobas, mas que me aquecem o coração de uma maneira que não consigo nem explicar.
Imagina só essa cena: você estava sentada no passa prato da cozinha e nós estávamos comendo manga, eu e você. Você tinha o seu garfo, mas queria o meu. Deixei você pegar. Só que você queria o meu garfo para me dar um pedaço! Eu sorri. Sorrio agora lembrando disso, lembrando de como você é delicada, amorosa, sensível. Em seguida, você chamou seu pai. Gritou até ele aparecer. E deu um pedaço a ele. E depois mostrou o seu bicão, para dar um beijo. E ele te olhou com tanto amor que meus olhos brilharam. Da mesma maneira que brilham agora, segurando para as lágrimas não escorrerem.
Outra cena, no mesmo dia, só para aniquilar com o coração de uma mãe sentimental. Estávamos no seu quarto, brincando dentro da casinha, onde colocamos todas as suas bonecas. Você pegava uma botava no colo, dava uma colherzinha de comida, abraçava, dava um beijo e trocava pela próxima. E repetia tudo de novo. Sei que você só fazia isso com elas porque é dessa maneira que fazem com você. E, mais uma vez, meu coração transbordou de amor!
Um dos maiores medos que eu tenho é nunca conseguir te fazer entender o tamanho do meu amor. O meu amor está na maneira como olho para você, nas brincadeiras que fazemos juntas, nos nossos abraços, no jeito em que você toca no meu rosto, em como você me abraça para vir no colo. No seu jeito carinhoso, que abraça e beija. Na sua sensibilidade e delicadeza. Em muito mais! Em tudo.

Te amo!
Um beijo, mamãe


 

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