quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O ar que eu respiro

Quando eu era adolescente, na época do colégio, tinha altas crises de falta de ar. Nunca descobrimos o motivo real, mas sempre culpávamos meu coraçãozinho, afinal o sopro tinha que se fazer notar, nem que fosse através de falta de ar. Lembro que era ruim e eu não sabia lidar muito bem com isso. Ficava nervosa, o que acabava exacerbando o quadro e criando uma verdadeira cena, com direito a lágrimas, copo de água e ligação para a mãe.

Mesmo depois do colégio, ainda tive algumas vezes, mas nada muito marcante. Só lembro bastante da sensação de não conseguir encher o pulmão de ar e de sentir muita, mas muita vontade de bocejar. 

Fazia tempo que eu não sentia isso, até ficar longe...

Lá em São Paulo, percebi que eu estava sentindo a mesma falta de ar dos meus quinze anos. Achei que podia ser certo nervoso e apreensão por estar longe da Marina, além de saudade, claro! Cheguei, matei saudade, beijei, apertei, e continuei com falta de ar...

Então, bem-vinda de volta, falta de ar. Como diria minha mãe, estou suspirenta.  Até quando, não sei. Espero que seja breve.

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