Comida como entretenimento

Lembro da primeira vez em que o Dani deu um pedaço de pão para a Marina. Quase surtei. Achei que ela fosse engolir o miolo, engasgar, sufocar, sei lá. Já me imaginei no meio do restaurante, naquela cena bem típica de filme, segurando o bebê e apertando a barriga enquanto ela cuspia aquele miolo todo babado.

O tempo foi passando e agora já estou super adaptada à ideia de que a Marina come pão. E biscoito de polvilho! Uhu!

Quando estamos no restaurante, ela sentadinha na cadeirinha dela, e chega a nossa comida, a reação é imediata. A pequena glutona cospe a chupeta e abre a boca. Tipo um mafagafo, num ninho de mafagafinhos, esperando a mamãe mafagafa levar a comida. Aí, comer com aquele bebê sedento e faminto secando a sua comida, além de dar uma peninha, é bem desagradável!

Então, agora é batata, quer dizer, é pãozinho! Chega a nossa comida e a pequena já ganha logo a diversão dela, seja um pãozinho bem cascarento (sem nadinha de miolo) ou um biscoito de polvilho (a cota dela já foi aumentada de três para cinco, daqueles pequenos de feira).

Confesso que o fato disso acontecer sempre perto da refeição dela me deixa mais tranquila. Se fosse um belisco totalmente fora de hora ia me incomodar bem mais, tenho certeza. Mas outro dia foi no café da manhã. Ela tomou o suquinho, aí chegou o nosso café. Biscoito de polvilho (na hora do suco!). Senão foi depois do jantar. Ela comeu tudo e aí chegou a nossa pizza. Já ganhou um pedaço da casquinha. Tipo de sobremesa! No dia em que isso acontecer bem entre uma refeição e outra, não sei como vou lidar... Sei que ela vai abrir o bocão de qualquer maneira! Pelo menos nisso a pequena é bem previsível!