sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coração apertado

Outro dia, postei no facebook que a volta ao trabalho trazia várias surpresas: calça apertada, sapato apertado, blusa apertada. Foi quase uma deixa para o comentário que veio logo a seguir: "o pior é coração apertado".

Parei para refletir.

O meu processo de adaptação à creche (e me refiro ao meu processo) foi muito mais suave e tranquilo do que eu imaginava. E a Marina também está totalmente adaptada, o que é fundamental para mim. Não senti culpas, medos ou inseguranças, como eu tinha quase certeza que sentiria. Encarei tudo isso como uma etapa normal da vida de mãe e filha, sem sofrimento.

Quando digo que a pequena está na creche, muita gente me responde: "Tadinha!" Ainda não entendi por que ela é tadinha. Ela gosta, come bem, dorme bem, brinca, tem aula de música, de psicomotricidade, se diverte, interage com outras crianças. E, quando busco ela (seja às 14h ou às 17h), ainda passamos o resto da tarde juntas, seja dando uma passeio na Lagoa, indo para a nossa aulinha, brincando em casa. Então, de coitada minha filha não tem nada. E nem eu de culpada! Trabalho, mas passo tempo com ela. E valorizo ao máximo esses momentos!

Confesso que meu coração não fica tão apertado, pelo menos não tanto quanto a minha calça. A situação tá periclitante!

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