domingo, 2 de dezembro de 2012

A mãe leoa ou o pseudo assalto

Antes de mais nada, já explico que está tudo bem, não aconteceu nada comigo.

Semana passada, num fim de tarde de um dia lindo, fui dar um passeio na Lagoa com a Marina. Eram umas 6h da tarde, do delicioso horário de verão carioca. A Lagoa estava movimentada e o trânsito em direção ao Rebouças, super intenso. 

Na volta, quando passávamos em frente à Hípica, eu estava conversando com a minha mãe no telefone. Um menino, que não devia ter nem 10 anos, andando de skate, parou do meu lado e lançou a pérola: "Tia, me passo o telefone ou dou uma skatada no seu filho".

Numa hora dessas, a gente nunca sabe como vai reagir. Mesmo que já tenha acontecido com você, na próxima vez pode ser diferente. Você nunca sabe... E eu, que nunca tinha passado por uma situação dessas, comecei a berrar descontroladamente. "Sai daqui! Sai daqui! Sai daqui, filho da #%*! Tá maluco!" Gritei tanto, mas tanto, mas tanto, que devo ter assustado o moleque. Ele vazou rapidinho, dizendo "que isso, tia, não é nada disso". De repente, ele começa a voltar. E eu comecei a berrar de novo. 

A pobre da minha mãe, que estava do outro lado da linha quando tudo isso aconteceu, ficou completamente no escuro, porque eu desliguei o celular e não atendi de novo enquanto ainda estava na Lagoa (óbvio!). A pobre da minha garganta ficou doendo até o dia seguinte. E a pobre da minha filha, que tirava um cochilo gostoso, acordou sobressaltada e chorando ao ouvir os meus gritos alucinados.

Moral da história: nada de empurrar carrinho falando no celular!

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