Semana passada, num fim de tarde de um dia lindo, fui dar um passeio na Lagoa com a Marina. Eram umas 6h da tarde, do delicioso horário de verão carioca. A Lagoa estava movimentada e o trânsito em direção ao Rebouças, super intenso.
Na volta, quando passávamos em frente à Hípica, eu estava conversando com a minha mãe no telefone. Um menino, que não devia ter nem 10 anos, andando de skate, parou do meu lado e lançou a pérola: "Tia, me passo o telefone ou dou uma skatada no seu filho".
Numa hora dessas, a gente nunca sabe como vai reagir. Mesmo que já tenha acontecido com você, na próxima vez pode ser diferente. Você nunca sabe... E eu, que nunca tinha passado por uma situação dessas, comecei a berrar descontroladamente. "Sai daqui! Sai daqui! Sai daqui, filho da #%*! Tá maluco!" Gritei tanto, mas tanto, mas tanto, que devo ter assustado o moleque. Ele vazou rapidinho, dizendo "que isso, tia, não é nada disso". De repente, ele começa a voltar. E eu comecei a berrar de novo.
A pobre da minha mãe, que estava do outro lado da linha quando tudo isso aconteceu, ficou completamente no escuro, porque eu desliguei o celular e não atendi de novo enquanto ainda estava na Lagoa (óbvio!). A pobre da minha garganta ficou doendo até o dia seguinte. E a pobre da minha filha, que tirava um cochilo gostoso, acordou sobressaltada e chorando ao ouvir os meus gritos alucinados.
Moral da história: nada de empurrar carrinho falando no celular!
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