terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A crise da adaptação


Antes de sequer pensar em colocar a Marina na creche, tive uma conversa com uma amiga. Foi um papo ótimo, que me abriu os olhos e a cabeça. Ela estava me contando sobre a adaptação do seu filho à creche. Disse que ele só chorava, chorava, chorava. Que não ficava numa boa de jeito nenhum. E ela continuou tentando, insistindo. Segundo ela, insistiu por tempo demais.

Quando me disse isso, fiquei pensando quanto tempo seria tempo demais. E resolvi perguntar. Quinze dias! Na hora, achei pouco. Como ela poderia saber, em apenas quinze dias, que não ia dar certo? Mas é aí que entra o xis da questão.

É o mesmo que acontece quando entramos para uma faculdade. Ainda existe o preconceito “senso comum” de que é um absurdo mudar de faculdade, por mais que você não esteja gostando. Tem que ir até o fim! E a gente pensa assim mesmo, embora ninguém queira admitir. “Poxa, escolhi a melhor creche para o meu filho e ele só chora!” O problema não é da creche, é da criança. Certo? Errado! O mais importante é ouvir aquela criança que ainda não sabe falar e respeitar a opinião dela. Se ela não gostou, não tem jeito, é melhor escolher outra.

Você sempre sonhou que seu filho estudasse naquela creche, até fez a matrícula quando ainda estava grávida. Só que ele não gostou. Paciência, troca! A escolha da creche tem que ser feita por toda a família, pais e filhos. Não é só porque você amou aquele lugar que seu filho também tem que gostar. Não é só porque seu outro filho gosta de lá que o segundo também tem que gostar.

E que bom que eu tive essa conversa antes de começar meu processo de adaptação na creche. Assim, já estava pronta para mudar a minha escolha, caso a primeira opção não desse certo. Gracias, Carol!

Nenhum comentário:

Postar um comentário