sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Shantala


Shantala é uma técnica de massagem, sistematizada por Frédérick Leboyer, e consiste num momento diário de afeto entre mãe e bebê/criança.
A Shantala é uma massagem milenar indiana, sem registro de quando surgiu exatamente em Kerala no Sul da Índia. Foi descoberta quando o médico francês Frédérick Leboyer, de passagem pela Índia, se deparou com a cena de uma mulher num calçada pública massageando seu bebê. Seu nome era Shantala, ela era paraplégica e estava numa associação de caridade em Pilkhana, Calcutá.
O ambiente que Leboyer percorrera até então era completamente hostil, mas a cena da massagem fez com que a beleza e harmonia dos movimentos de Shantala transformasse tudo a sua volta.
Leboyer pediu para fotografá-la e filmá-la. Ela, admirada pelo interesse em uma prática tão simples e corriqueira, aceitou. Durante dias ele acompanhou a massagem de Shantala em seu bebê, captando atentamente cada movimento. Leboyer fez o possível para que as fotografias exprimissem a profundidade e o amor envolvidos.
Fonte: Wikipedia

Aqui em casa, a Shantala entrou de vez na nossa rotina noturna. E entrou para ficar. Toda noite, meia hora antes da última mamada (que acontece em torno de 7h, 7h30), começamos a preparar a shantala e o banho. 
Lembro de uma vez em que eu disse para o Dani que o banho era o momento dele, e a shantala seria o meu. Nessa época, eu ainda amamentava. Por mais que a amamentação seja o momento mais íntimo e próximo entre mãe e filho, acontece oito vezes por dia, sete dias por semana. Então, chega a um ponto em que aquele prazer todo vira uma obrigação e tanto. Com a shantala não seria assim! A amamentação ficou para trás e a shantala engrenou de vez. Deve fazer mais ou menos um mês que fazemos todos os dias!
É um momento bem gostoso. Na maior parte do tempo, ela fica ótima, curte e aproveita. Às vezes, dá uma irritada e reclamada, que pode até ser um pouco de fome, nada fora do normal. Mas é ótimo já ir acostumando a Marina ao toque, ao carinho, distensionando o corpo.
O mais legal é ver como ela vai evoluindo e relaxando ao longo do tempo. Um dos últimos movimentos da shantala consiste em abrir os braços e fechá-los, cruzando. No início, era bem difícil abrir os braços dela (e eu não forçava). Ela mantinha os braços bem tensos e rijos. Agora, de uma semana para cá, eu já consigo abrir totalmente os braços dela, tipo Cristo Redentor!
Se você também quiser fazer, existem vários cursos por aí que ensinam a técnica. Ou tem o livro do Leboyer, que ensina o passo a passo direitinho, cada movimento. Com base no livro, eu fiz um resuminho dos movimentos (e plastifiquei!!!). Está no canto da foto, perto do óleo da Granado. Na nossa aula de yoga, também fazemos shantala e achei bem legal alguns toques da professora, como a quantidade de movimentos. Na internet também tem vários vídeos.

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