domingo, 13 de maio de 2012

O susto

Tudo começou na quinta-feira, fim do dia. Estava trabalhando e me levantei para ir ao banheiro. Mas, quando sentei, vi tudo girar, aquela sensação bem de bêbado mesmo. Sentei um pouco na cadeira, depois deitei e nada da tontura passar. Até ficou mais leve, mas não passava. Uns dez minutos depois, resolvi ligar para a minha médica, afinal, na terça-feira, enquanto eu estava fazendo yoga, já tinha acontecido a mesma coisa (não consegui tem fechar os olhos para a meditação final).
Ela falou para ir até a Perinatal, medir a pressão e dar uma olhada. Pediu para eu não ir sozinha e disse que, qualquer coisa, eu avisasse que ela iria para lá. Todas essas precauções começam a assustar. Por mais que eu achasse que era alguma coisa de pressão, já dá um medinho.
Chegando lá, tinha sido isso mesmo, uma crise de hipotensão, que não tem problema nenhum para o bebê, nem para mim, exceto o risco de desmaiar ou passar mal no meio da rua. A única coisa que posso fazer é beber muita água (entre 2 e 4 litros por dia) e deitar com as pernas para cima de tempos em tempos. Moleza, né!?
Avisei a minha Ob rapidinho, afinal, nos veríamos na sexta, quando eu já tinha consulta marcada.

Já no consultório, começamos com a ultra, mas a Marina estava toda escondida, com metade do rosto virado para trás e a outra metade completamente tapada pela mão. Nem deu para ver a carinha dela... That was a first! Mas ela continua encaixadinha, tudo lindo.
Além disso, ela foi medir meu fundo de útero, procedimento padrão de todas as consultas. Normalmente, a medida coincide certinho com a quantidade de semanas. Então, na semana 24, media 24 centímetros. Só que agora, na semana 32, estava com 30 centímetros. E eu realmente tinha achado que a barriga tinha descido um pouco. Então, ela resolveu já fazer o toque.
Aí começou o drama.

Com 32 semanas, já estou com 2 centímetros de dilatação e perdi o tampão mucoso. Já tomei duas injeções de corticóide para ajudar a amadurecer o pulmão da Nina, caso aconteça alguma coisa, e estou tomando outro remédio para diminuir as contrações, as quais eu não sinto ou, se sinto, não identifico... Além disso, a recomendação é repouso. Nada de yoga, nada de yoga, nada de caminhadas, nada de escadas, nada de nada!

Agora, as questões seguem dois caminhos diferentes: o lado prático e o lado emocional.

Começamos com o lado prático. A princípio, a ideia era ficarmos na casa da minha mãe, de onde eu até poderia sair (de carro, claro) sem precisar enfrentar as escadas. Dormi lá de sexta para sábado (quando fui à casa da Ob tomar a segunda injeção de corticóide), mas depois acabei voltando para a minha casa mesmo, de onde só saio agora na terça-feira, para ir à nova consulta e ver qual é o novo quadro. A verdade é que isso é bem chato. Eu tinha váááárias coisas planejadas para essa semana. Na verdade, tinha planejado começar a arrumar todas as coisas no cantinho da Nina, e olha que tem bastante coisa para fazer. Agora, vou ter que levar com calma, levar o dobro do tempo para fazer tudo, isso se a Ob não resolver me internar... Nãããão! E nada de almoços e lanches de dia das mães para mim! É da cama para o computador, para o banheiro, para a cama! E olhe lá.

Aí, tem o lado emocional, da insegurança, do medo do que pode acontecer, da culpa, da ansiedade, de tantas e tantas outras coisas que realmente não faziam parte da minha gravidez maravilhosa. Primeiro, vem a culpa: será que se eu não tivesse saído como louca pelo mundo, não tivesse feito yoga, não tivesse levado uma vida normal durante a gravidez, não morasse num prédio sem elevador.. será? será?
Depois vem a insegurança e o medo de não saber o que vai acontecer, de querer que ela aguenta firme lá dentro, de não querer que a minha bebezinha nasça muito pequenininha.
Por fim, a ansiedade que atualmente tem sido a mais difícil de se controlar... Por mim, partia agora mesmo para a Perinatal para fazer um toque e ver como está a situação. Mas tem que esperar, até para dar tempo ao remédio também. Então, fica tudo on hold até terça. Ai, ai...

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